quarta-feira, 29 de maio de 2013

Filma: Meu Mestre, Minha Vida.







                                              

                                              FILME: Meu Mestre, Minha Vida



 (Lean On Me, 1989, EUA, direção: John G. Avildsen, 109 min., drama, classificação indicativa: 12 anos)
A HISTÓRIA: Baseada na história real de Joe Clark, um diretor arrogante e professor pouco ortodoxo. Ele é convidado a assumir a direção da instituição de onde havia sido demitido como docente. O colégio, que no passado era acolhedor, se torna um ambiente hostil, controlado por gangues, e local de consumo de drogas. O perfil rígido torna Clark o homem certo para recolocar a escola nos trilhos, mesmo que para isso ele tenha de enfrentar arruaceiros e até as autoridades locais.
POR QUE ASSISTIR: É interessante observar neste filme, segundo Roque, que a escola (com a família) é a instituição que qualifica o indivíduo, não só para a sua vida produtiva, mas para a sua vida total, e que ela reflete a comunidade em que se está e vice-versa

Filme: Ao Mestre com Carinho





                                            




                                                 FILME: Ao Mestre com Carinho




 dirigido por James Clavell, com Sidney Poitier, 1967. 

A HISTÓRIA: Mark Thackeray (Sidney Poitier) é um engenheiro desempregado que resolve dar aulas no bairro operário de East End, em Londres. Mas a turma, cheia de alunos indisciplinados, fará de tudo para que ele desista da sua missão, como fez com os professores anteriores. 

QUEM INDICA: O jornalista e escritor Eduardo Torelli. "Nem todas as armas do professor para motivar seus alunos são encontradas na sala de aula ou nos livros: o protagonista só estabelece uma conexão com os delinqüentes ao provar que há uma relação direta entre os conteúdos ensinados em classe e a progressão do mundo ao redor." 

POR QUE VER: "Retrata a história de um professor que, ensinando sob condições adversas (alunos desinteressados, agressivos, com pouca orientação familiar e sem perspectivas de enxergar a educação como espaço de aprendizado), consegue obter resultados importantes junto aos estudantes", avalia a coordenadora Ana Lúcia Tampellini, da Escola São José de Vila Matilde, de São Paulo. 

Projeto Filme na Escola

                     






                              Projeto - Filme na Escola


PROJETO FILME NA ESCOLA – DEBATE


     JUSTIFICATIVAS:

A necessidade de dialogar, discutir faz necessário para construir uma cidadania participativa, consciente e critica. Neste projeto faz necessário repensar o ambiente escolar criando maior diálogo do seu conteúdo com as novas linguagens da sociedade em que vivemos.
Levando o cinema para a escola pretendemos criar condições para o desenvolvimento do pensamento critico, o entendimento acerca das diferenças e através da nossa cultura retratada nas telas propõe aos jovens que fortaleçam noções de cidadania e identidade.
Cada filme apresentado no projeto tem sessões especiais com debate após o filme, retratando diversos assuntos de cidadania, valores, extinção, discriminação e outros.

OBJETIVOS:

·         Promove a exibição, seguida de debate, de filmes variados e temas variados.
·         Estimular leitura crítica dos meios audiovisuais massivos;
·         Estimular leitura crítica de obras fílmicas (forma e conteúdo);
·         Ampliar repertório fílmico de alunos e professores;
·         Incentivar a utilização do audiovisual na sala de aula pelos professores;
·         Aprimorar condições de ensino e aprendizagem;
·         Possibilitar a produção de vídeos por alunos e professores;
·         Estimular a autonomia, auto-estima e compromisso dos alunos com seu processo formativo;
·         Reduzir índices de evasão escolar.

METAS

1.     Realizar a apreciação e análise do filme para posicionar-se frente às realidades, valorizando a cooperação e a solidariedade como instrumento de formação do caráter do ser humano.
2.     Conscientizar os jovens da necessidade do cuidado com o outro e a importância de se construir um mundo mais justo e fraterno.
3.     Promover a conscientização crítico-social dos nossos alunos como forma de mudança da realidade, tornando-os verdadeiros cidadãos.
4.     Reconhecer que eles são a nova força capaz de humanizar o mundo.
5.     Tornar a escola atrativa.

Fonte: paraisodoeducando.blogspot.com/2011/.../projeto-filme-na-escola.ht...






Aula-Tema 04: Formule a questão orientadora

Aula-Fora





                                                      
                                         
                                   


                                                
                                                      AULA-FORA

                 Ideias para trabalhar aula fora com as series do 1º ao 5º   ano do  Ensino Fundamental  

  
                  
                                                          AULA-FORA 2

            Aula lá fora é uma série de tv com 15 programas de 30 minutos cada e tem como objetivo a formação continuada de professores da educação infantil, do ensino médio e educação de adultos, com ênfase em aulas-passeio, atividades extra-classe e no estudo de meio.
            Os programas se aprofundam na pedagogia atual, procurando explorar o afeto, a expressão, a autoria e a comunicação das crianças, observando como isso acontecem nas atividades feitas com a classe fora da sala de aula.

Os programas Aula lá fora foram exibidos pelas TVs:

            O programas da série Aula lá fora são exibidos pela TV Escola (veja a grade de programação) httphttp://portal.mec.gov.br/tvescola e os episódios estão disponíveis para download em www.dominiopublico.gov.br
Cada programa documenta uma sala de aula de uma escola da rede pública municipal de Santo André, na região do ABC, em São Paulo, e seguem uma estrutura básica: primeiro, o educador define e planeja com seus alunos os conteúdos que serão desenvolvidos na aula passeio.
            Depois, cada turma tem uma "Aula lá fora" diferente: a Pinacoteca, a redação de um jornal, o parque, a usina de reciclagem, a gráfica, a feira do bairro, o posto de saúde, enfim, são 15 Aulas lá fora ao longo da série e nelas as crianças usam várias formas de registros, inclusive uma câmera de vídeo e duas câmeras fotográficas disponibilizadas pela produção da série.
            Na volta à escola, os alunos consolidam, num trabalho coletivo, o que viram e aprenderam durante as atividades.
            Dois apresentadores se revezam indicando os pontos pertinentes que devem ser observados durante as aulas documentadas. Consultores em campo observam o trabalho e propõem encaminhamentos para que as atividades práticas avancem no sentido de uma ação mais viva, na qual os alunos relacionam o que vivenciam nas aulas lá fora com suas vidas. E os próprios professores comentam como suas turmas desenvolveram os trabalhos antes, durante e depois da "Aula lá fora".
            A série Aula lá fora fornece recursos para enriquecer as ações planejadas pelos professores, estimula a interdisciplinaridade e tira os alunos do ambiente fechado da sala de aula, mostrando que uma Aula lá fora é um espaço privilegiado para a formação de conhecimentos e para a elaboração de conceitos.









As aulas-fora podem ser trabalhadas em sala de aula de diversas formas, como por exemplo, confecção de um cartaz em conjunto, trabalho explicativo, peça teatral, enfim vai depender do objetivo do professor.
 Bom! Aqui vão algumas dicas de aula-fora para serem trabalhadas com crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental:
 Visita ao “DETRAN” para a conscientização de um trânsito mais seguro;
Museu  é um lugar muito interessante para o conhecimento de obra
 Teatro oferece espetáculos para maior conhecimento em arte;
O Jardim Zoológico é um ambiente natural onde os alunos poderão ter contato direto com a natureza e conhecer vários tipos de animais.  

Entrevistas: Disciplina se Ensina







                                               

                                                

                                                           


  Entrevista com Lino de Macedo


Disciplina se ensina!  Entrevista com Lino de Macedo

Revista Nova Escola – Edição junho 2006.


''Disciplina é um conteúdo como qualquer outro''
Para o psicólogo especializado em Piaget, o comportamento dos alunos em sala de aula é algo que precisa ser ensinado e varia de acordo com a

atividade.

    Ao longo da carreira, Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, se especializou no construtivismo do suíço Jean Piaget (1896-1980), na psicologia aplicada à educação e nos jogos infantis — ele coordena um laboratório de pesquisas e elaboração de atividades relacionadas às brincadeiras e voltadas para a escola. Um assunto que ocupa particularmente sua atenção são os estágios de desenvolvimento da criança e a importância de o professor conhecer o que acontece em cada fase do crescimento.
Com essa vivência, ele encara um dos temas que mais preocupam os educadores: a disciplina. Segundo o psicólogo, disciplina na escola não é questão de boa conduta nem de formação trazida de casa. "Disciplina se aprende e é do interesse de todo mundo, porque facilita a relação da gente com as coisas." O que o professor pode fazer para que a turma se comporte como deve? O exemplo é um dos caminhos. "Fala-se muito que as crianças de hoje não têm limites. Mas nós, adultos, também não temos." Macedo acaba de lançar uma nova coletânea de textos, Ensaios Pedagógicos, que tem como subtítulo a pergunta Como Construir uma Escola para Todos? Um dos capítulos trata especificamente de disciplina, tema discutido na entrevista a seguir, concedida a ESCOLA, em São Paulo.

É possível ensinar disciplina?
Sim. Disciplina é uma competência escolar que as crianças aprendem como qualquer conteúdo. Condição para realizar um trabalho com êxito, é uma matéria interdisciplinar, porque dela dependem todas as outras.

A disciplina vem de casa?
Para alguns educadores, sim. Quem considera a disciplina uma coisa que se tem ou não se tem possui uma visão moralizante — que transforma uma competência numa questão de valor. Para eles, a disciplina depende da força de vontade do aluno ou da determinação dos pais. Essa visão atribui culpa em caso de indisciplina. De fato, na escola exclusiva, anterior à atual, selecionavam-se os alunos e ficavam de fora aqueles que não se ajustavam ao comportamento desejado. Nesse caso, disciplina era mesmo um pré-requisito para a escola. Hoje, comportadas ou não, todas as crianças têm direito a estudar.

Qual o principal erro da escola em relação à disciplina?
 
É pensar que existe um único tipo de disciplina e que ela só pode ser imposta. Minha ideia é que disciplina é um trabalho de todos em sala de aula. Constrói-se a melhor forma de acordo com a necessidade. Numa aula tradicional, expositiva, enquanto o professor fala ou escreve no quadro-negro, os alunos devem ficar quietos, prestar atenção e copiar. Acontece que hoje temos muitas propostas pedagógicas. Cada cultura escolar e cada atividade em sala de aula têm uma disciplina adequada a seu desenvolvimento. Dependendo da situação, a melhor pode ser o silêncio, as crianças perguntando ou conversando entre si.

É possível ensinar disciplina pelo exemplo?

Sim. Um erro comum é achar que a falta de disciplina é sempre do outro. Fala-se muito que as crianças de hoje não têm limites. É verdade. Mas nós, adultos, também não temos. Em uma sociedade como a nossa, um dia se almoça de manhã, outro dia de tarde, outro dia enquanto se fala ao celular. Nós é que não temos rotinas para organizar a vida das crianças. Entendemos os motivos da nossa "indisciplina" porque sabemos que para muitas pessoas a regularidade se tornou impossível. Mas, se nós não somos disciplinados, por que esperamos um comportamento regular das crianças, como se fosse uma coisa natural, espontânea, quase herdada? Podemos conquistar o aluno para um projeto de disciplina conseguindo a admiração dele. Em sua origem, a palavra disciplina tem a ver com discípulo. Discípulo é uma pessoa que tem alguém como modelo e se entrega pelo valor que atribui a essa pessoa. Com o tempo, perdeu-se o elemento de referência que havia antigamente. Isso tem de ser novamente conquistado, pouco a pouco, pelos dois lados.

A disciplina que se aprende na escola serve para a vida toda?

A gente tem de pensar a disciplina ao mesmo tempo como fim e como meio. É um fim porque podemos desenvolver atitudes como concentração, responsabilidade, interesse. Essas coisas viram ferramentas pessoais e de trabalho. Disciplina é também um meio, um instrumento sem o qual as coisas não acontecem — ou acontecem fora do prazo ou dos padrões.

A disciplina ajuda a desenvolver a autonomia?

Disciplina é, cada vez mais, autodisciplina. Um exemplo é a lição de casa. Hoje em dia a maioria das famílias não tem um adulto com tempo disponível para fiscalizar o dever. A própria criança aprende a administrar essa tarefa e, se necessário, ela pede socorro. A autonomia é uma conquista, um aprendizado complexo e longo pelo qual as crianças desenvolvem a disciplina para dar conta de suas tarefas.

O que é ser uma pessoa disciplinada?

Ser disciplinado significa ter um comportamento subordinado a regras. Mas o que é regra? Algo que se constrói por consentimento. É como em um jogo. As regras são arbitrárias, mas a criança aceita porque gosta de jogar. Sem regra, não há jogo. Para definir regras, usamos o recurso da democracia. A classe toda discute, sob a condição de que todos aceitem o que a maioria decidir. O problema é que a minoria pode se recusar a cumprir. Deve-se combinar previamente que a não observação das regras implicará punições ou perdas. Um dos motivos que nos levam a aderir à disciplina são as consequências de não nos entregarmos a ela. Convencer é diferente de impor.

Todas as obrigações devem ser submetidas a discussão?

Não. Por exemplo: muitos pais perguntam aos filhos se eles querem comer. Eu não acho que seja uma boa pergunta. Porque, se o filho disser que não quer comer, como fica? A melhor pergunta é o que ele quer comer, dando opções. Dar autonomia não significa abrir mão do seu papel de líder e de responsável por certas coisas. Se você submeter tudo à opinião da maioria das crianças, a curto prazo elas vão decidir pelo pior. Primeiro, tenta-se convencer. O último recurso é impor. É errado tentar tratar como homogêneo algo desigual como a relação adulto e criança ou a relação professor e aluno.

As crianças conseguem entender a importância da disciplina?

Em 1930 Piaget escreveu um livro importante, O Julgamento Moral da Criança, e mostrou que mesmo as bem pequenas já têm valores como o gosto pelas regras, pela disciplina, pelo fazer bem-feito e por se entregar a uma tarefa coletiva. Só que o adulto não percebe. Piaget provou que é possível ver isso usando o exemplo das brincadeiras. A própria garotada se auto-regula e se submete a regras coletivas. Piaget analisou como o respeito entre iguais promove o desenvolvimento da criança. Muitos pais e professores sabem compartilhar com ela a necessidade de uma regra de forma que a criança até reclama, mas aceita, entendendo que é o melhor.

Como ensinar a disciplina na pré-escola?

Para alunos da Educação Infantil, digamos de 2 a 6 anos, a brincadeira, a fantasia, as histórias são ótimas estratégias. A argumentação científica não funciona com os pequenos. O recurso lúdico soa sincero para a criança, porque é uma espécie de dramatização do assunto, uma elaboração simbólica da questão. Nessa idade, outro recurso possível é simplesmente, com habilidade, dar uma ordem e pedir que ela seja cumprida. Nesse caso, é preciso deixar claro para a criança que há uma diferença entre ela e o adulto. Ela sabe disso e até se sente aliviada.

Como ensinar a disciplina no Ensino Fundamental?

A idade dos 7 aos 11 anos é interessante para trabalhar disciplina como uma boa regra ou uma regra sem a qual certas coisas não se desenvolvem bem. O convencimento se dá de forma empírica, com exemplos, discussão, não mais como faz-de-conta. Uma coisa é o imaginário, outra é a própria negociação da regra. O problema do convencimento no seu sentido adulto é que ele supõe um pensamento hipotético-dedutivo ("se você não fizer isso, acontece aquilo"). Mas crianças com menos de 12 anos não entendem esse pensamento. É preciso trabalhar com elas a própria construção das regras mais adequadas para uma determinada tarefa que se espera que realizem.

A disciplina e a ordem podem prejudicar a criatividade?

Rigidez é uma coisa, rigor é outra. Os artistas, que trabalham com criação, costumam ser super-rigorosos. Já rigidez é acreditar que uma coisa só pode ser feita de um jeito, definido arbitrariamente. A disciplina está do lado da criação, mas não é uma só. Alguns trabalham de dia, outros à noite; alguns de um modo, outros de outro. A maior parte dos artistas tem de cumprir prazos, se impõe tarefas. Se não houver disciplina, você pára no meio, esquece. Acontece que muitas vezes nós, adultos, usamos o discurso do rigor para defender nossa rigidez ou nossa incapacidade de lidar com as situações.
"O que é regra? Algo que se constrói por consentimento. É como em um jogo. As regras são arbitrárias, mas a criança aceita porque gosta de jogar
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