quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mensagens




                           Mensagens aos Professores(as)...

                    


Professor (a)
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Não me ensine nada que eu possa descobrir. Provoque minha curiosidade.
Não me dê apenas respostas. Derrame minhas ideias e me dê somente pistas de como ordená-las.
Não me mostre exemplos. Antes me encoraje a ser exemplo vivo de tudo o que posso aprender.
Construa comigo o conhecimento. Sejamos juntos inventores, descobridores, navegantes e piratas de nossa aprendizagem.
Não fale apenas de um passado distante ou de um futuro imprescindível. Esteja comigo hoje alternando as sensações de quem ensina e de quem aprende."
Ivana M. Pontes

                 








    Mensagens para Professores
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                             DECÁLOGO PEDAGÓGICO

·                     Como todo ofício, a docência requer cuidados e habilidades específicas. Logo, para que a aula transcorra com sucesso e tranquilidade, indicamos um decálogo pedagógico, com 10 instruções básicas. Siga essas instruções e colha os frutos de seu trabalho!
         1- Contextualize suas aulas.
         Traga as lições para o contexto de seus alunos, faça com que cada tema seja       
         abordado de modo significativo, real e prático.

         2- Pesquise o tema de sua lição em outros meios.

         Faça uso de jornais, revistas diversas, artigos, livros de pesquisa, Internet, etc.  

         Isso dará subsídios para que suas aulas não sejam cansativas ou superficiais.


         3- Trabalhe as potencialidades de seus alunos.

         Procure explorar o que cada aluno tem de melhor e utilizar isso para o progresso 

         do trabalho educativo. Todos os alunos têm algo de interessante e especial a     

         oferecer.


         4- Dinamize suas aulas.

         Aulas monótonas e rotineiras só atrapalham a aprendizagem. Ative suas aulas 

         com procedimentos diferentes. Mude o lugar da aula, cante novas canções,       

         estabeleça dinâmicas de grupo e tudo mais que trouxer renovação e mobilização 

         para a turma.


          5- Envolva seus alunos.

·                     Não há como o aluno aprender se ele não estiver envolvido com o que será estudado. Mostre para sua classe que os temas abordados têm real importância e valia. Valorize cada tópico e relacione-os com os interesses de sua classe (que é claro, podem ser diferentes dos seus).









Sarau

 


 
                                       
                                               SARAU

PROJETO   "ESCUTA  E ORALIZAÇÃO DE POESIAS"


Objetivos
- Brincar com a sonoridade das palavras.
- Ampliar o repertório literário.
- Construir maior conhecimento sobre o gênero literário (poesias).
- Recitar poesias explorando os recursos existentes na oralidade e valorizando os sentimentos que o texto quer transmitir
- Valorizar entonação de voz, fluência, ritmo e dicção como maneiras de articular e aperfeiçoar a oralidade.
- Aprender a expressar-se num grupo.
- Conhecer a prática social de um sarau (e tudo que a envolve) em que as pessoas se reúnem para apreciar e declamar poesias, além de interagir com um público ouvinte.
Conteúdos- Escuta e producao oral.
- Leitura.

Anos
1º e 2º anos.
Tempo estimado Quatro meses.
Material necessário Livros variados de poesias de autores como Cecília Meireles, Cora Coralina, Elias José, Vinícius de Moraes, José Paulo Paes, Eva Furnari, Tatiana Belinky, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Sérgio Caparelli, Mário Quintana, entre outros.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores)Apoio para livros ou prancha de apoio para cadeira de rodas. Eles podem ser solicitados aos serviços de saúde, organizações e entidades ou serem confeccionados por você. Lembre-se de solicitar à família do aluno orientações gerais para uso de recursos funcionais.
Desenvolvimento 1ª etapa
Acomode os alunos em roda, escolha poesias e leia para a turma. Expresse os sentimentos que aparecem no texto durante sua leitura, como medo, espanto, alegria, tristeza, humor.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores)
Organize todos os alunos sentados no chão e posicione o cadeirante junto à parede, usando apoio próprio, se necessário, para mantê-lo confortável e na mesma altura dos colegas.
2ª etapa
Sugira que pesquisem com os pais ou familiares se gostam e conhecem de cor alguma poesia. Crie um mural de poesias a partir destas contribuições e de visitas à biblioteca.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores) Posicione o mural na altura da cadeira de rodas. Oriente outros profissionais da escola a facilitar a acessibilidade em todos os aspectos do espaço físico.
3ª etapa
Faça uma lista com os títulos das poesias preferidas do grupo.
4ª etapa
Proponha ao grupo a idéia de organizar um sarau (apresentação) de poesias. Cada um deve memorizar uma poesia (empreste o livro ou o texto para que possam levar para casa e tenha auxílio de um adulto para decorar). Mesmo que não saiba ler convencionamente, a criança pode estabelecer relações entre o que é falado e o que está escrito, pois tem o texto sabido de cor.
5ª etapa
Promova situações de escrita a partir de algumas poesias. Por exemplo: completar lacunas com as palavras que estiverem faltando, recortar e ordenar versos para formar a poesia, ou, ao contrário, palavras para formar o verso, escrita espontânea de títulos e exploração de rimas (terminação igual das palavras). Os textos memorizados retiram a dificuldade de saber o que escrever fazendo com que as crianças ainda em fase de alfabetização inicial possam pensar somente no como escrever. A 
tarefaé facilitada, no caso das poesias, pelas rimas e repetições das palavras. Você poderá também promover jogos de leitura relacionando o título da poesia com algum verso, ou o título com o nome do autor, ou alguma ilustração relacionada ao título, sempre a partir de poesias já memorizadas pela garotada.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores)
Adeque as atividades gráficas usando recursos próprios, como um teclado de computador adptado. Também é possível substituir o papel por materiais mais grossos para facilitar o manuseio.
6ª etapa
Promova a produção de um folder para ser distribuído no dia do sarau. Você poderá propor a escrita das poesias em duplas. Neste caso, as crianças com hipóteses mais avançadas podem ser as responsáveis pela escrita e as demais responsáveis por ditar o texto a ser escrito. É importante prever situações de revisão da escrita (para que as crianças possam avançar em suas produções) e porque o folder precisará estar com a escrita convencional uma vez que será distribuído ao público.
7ª etapa
Grave ou filme as declamações em sala e promova tematizações.
8ª etapa
Apresente a gravação. As crianças devem fazem uma autoavaliação quanto à entonação e expressão de voz, à fluência, ao ritmo e à dicção, além de buscar estratégias para aperfeiçoar a apresentação.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores) Quando o aluno tiver alteração na motricidade oral e sua expressão não atender a esses quesitos, incentive a participação dele com expressões corporais ou então reduza o tamanho do texto, propondo um verso em coro ou algumas palavras de uma estrofe em evidência,numa parceria com colegas ou com você.
Produto final 
Sarau de poesias com a participação dos alunos, professores, pais e familiares (que façam a inscrição com antecedência) e folder que contenha as poesias escritas.
Avaliação Ao final do projeto espera-se que as crianças sejam capazes de reconhecer características do texto poético (divisão em versos e estrofes e rimas, por exemplo), se expressarem e se apresentarem em público, de maneira eficaz e adequada, transmitindo sentimento da poesia apresentada.
Consultoria: 
Denise Maria Milan Tonello
Orientadora Pedagógica e Educacional da Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental I
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/poesia-426202.shtml

Feira de Ciêcias


                        

                        FEIRA DE CIÊNCIAS + DICAS                         


 FEIRA DE CIÊNCIAS


Com certeza saber a teoria sobre uma matéria escolar, pesquisar em livros ou sites e estudar muito é importante entender os conteúdos, mas quando partimos para experimentar, na prática como as coisas funcionam, aí sim fica muito mais fácil para realmente aprender um matéria escolar.
Assim, experimentar e aprender estão intimamente ligados. Percebendo essa  ligação, no início do séc. XX professores do ensino básico de algumas escolas dos Estados Unidos propuseram a seus alunos que desenvolvessem projetos científicos para demonstrar determinados fenômenos para seus colegas de classe. A ideia deu certo e esses professores perceberam que com essa estratégia os alunos aprendiam de forma muito mais eficaz e prazerosa.
A partir daí estava “dada a largada” para as Feiras Científicas ou Feiras de Ciências que conhecemos hoje e que fazem parte do calendário de muitas escolas pelo mundo todo.
Organizando uma Feira de Ciências
Para organizar uma Feira de Ciências é fundamental ter senso de equipe, organização, empenho e muita disposição!
Os professores e a coordenação da escola devem ser os responsáveis pela organização desse evento, mas é claro que a ajuda dos alunos é muito importante.
Aos professores e coordenadores cabe a tarefa de prever o evento no calendário escolar, orientar os alunos para o desenvolvimento dos projetos, criar normas para o funcionamento da feira, cuidar da segurança da feira em geral e de cada experimento especificamente, além de orientar a divulgação e montagem.
Para os alunos fica a tarefa mais goStosa e desafiadora: desenvolver projetos inovadores a partir de conteúdos já estudados em sala de aula. É necessário ser criativo e ter espírito de cientista, pois mesmo para experimentos simples, seguimos os passos de um cientista, ou seja: observamos, formulamos hipóteses e criamos o experimento em si para verificar a veracidade dessas hipóteses.
Seguem algumas dicas importantes para sua participação ser nota 10:
ü Tema: para escolha do tema você deve penar em algo desafiador, que instigue sua curiosidade para aprender mais, mas também não exagere, pois não adianta escolher um tema que esteja fora de seu alcance de pesquisa. Lembre-se de que alguns fenômenos demoram anos para serem desvendados por cientistas e, portanto você não conseguirá pesquisar em pouco tempo;
ü Método científico: além de aprender mais sobre um determinado assunto, o desenvolvimento do experimento deve ajudar a percorrer os passos do método científico, ou seja - observar, especular, formular hipóteses, experimentar, deduzir e chegar a conclusões;
ü Materiais: não esqueça de fazer uma lista de materiais que deverão ser utilizados no experimento, isso evitará que passe por apuros nos dias de apresentação;
ü Tempo: organize bem o tempo que dispensará para esse trabalho sem deixar de lado as outras atividades escolares.
ü Continuidade: escolha um tema que poderá ter continuidade nos anos seguintes, à medida que você vai se aprofundando no conteúdo.
ü Anotações: à medida que você vai desenvolvendo suas habilidades científicas, surgirão ideias a todo momento, quando você mesmo imaginar, andando de bicicleta, passeando no shopping, etc., assim, tenha sempre em mãos uma caderneta de anotações para não deixar nada escapar!
Tudo pode começar em um laboratório...
Um laboratório de Ciências é um ambiente da escola com materiais e organização especifica que viabiliza a realização de experimentos científicos. É um espaço educativo que faz a ligação entre a teoria e a pratica dos conteúdos escolares.
Nos laboratórios há materiais e equipamentos específicos para cada experimento. Conheça esses equipamentos clicando aqui
Desenvolver pesquisas nos laboratórios de Ciências pode ser o começo para a vida científica.
Curiosidades
Veja algumas invenções interessantes:
Bicicleta portátil
A criação do inglês Clive Sinclair, a "A-Bike", é dobrável. Ela pesa cerca de 5 quilos e meio e pode ser guardada em uma sacola com menos de 0,03 metros cúbicos.
Cadeira de papelão
É toda feita de papelão e pesa 900 gramas. Mas suporta até 450 quilos em cima dela.
Carteira antirroubo.
Invenção australiana. Feita de aço inoxidável, ela é dotada de dispositivos especiais que destroem seu conteúdo. Ao ser aberta por alguém que desconhece a senha, a carteira libera uma tinta azul que mancha tudo o que há em seu interior e, ao mesmo tempo, apaga as fitas magnéticas dos cartões.
(fonte: Guia dos Curiosos)


Feiras de Ciências







                 


                       FEIRA DE CIÊNCIAS - Passo a Passo

Passo a passo, a feira vira um sucesso
Já no Ensino Fundamental, todos podem desenvolver e exibir experimentos inspirados em problemas reais
Paulo Araújo - Leia e Compartilhe o Texto na íntegra em  


  As feiras de Ciências evoluíram. Nos últimos cinco anos, os professores inovaram a forma de planejar o evento e, consequentemente, de os alunos produzirem e transmitirem o conhecimento. As mostras agora são organizadas com propósitos didáticos. "Os estudantes passaram a utilizar o método científico para desenvolver seus inventos e não ficam mais atrás de uma maquete, só repetindo informações tiradas do livro didático", explica Roseli de Deus Lopes, vice-presidente da Estação Ciência da Universidade de São Paulo (USP).
"O desafio que se apresenta é ampliar esse foco para as séries iniciais do Ensino Fundamental", diz a professora. A tarefa exige planejamento. Primeiro, é necessário tornar a Ciência algo rico e instigante para todos. Os temas a ser explorados não vão trazer avanços significativos para a área — nem é esse o propósito.       
   Os trabalhos podem ser simples, desde que sejam criativos e façam sentido para a garotada e a comunidade. 
Por fim, é necessário que a turma saiba quais são as etapas de uma pesquisa e a importância de registrar todas as descobertas. Roseli defende essa concepção com a experiência de quem se dedica há quatro anos à organização da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). No evento, são apresentados os melhores projetos de 8ª série e Ensino Médio, exibidos originalmente em 200 escolas públicas e particulares de 22 estados. No mês passado, nove trabalhos selecionados durante a última Febrace representaram o Brasil no maior encontro de Ciências e Engenharia do mundo, realizado em Indianápolis, nos Estados Unidos (leia o quadro).
 As produções de sua escola também podem chegar lá. Para isso, é importante cumprir as cinco etapas a seguir. Elas são baseadas na prática de professores da rede pública e privada de Ensino Fundamental e nas indicações de especialistas no tema. 

Participar da feira de Ciências... 

• Desperta o gosto pela pesquisa.
• Inspira trabalhos em grupo.
• Incentiva a busca de soluções para problemas reais.
• Favorece a sistematização do conhecimento.
• Para um evento de primeira
• Faça parcerias com empresas e lojas da sua cidade. Não é demérito informar que elas ajudaram financeiramente.
• Promova um concurso na escola para a criação de cartazes e logomarcas para divulgar a feira.
• Convide a imprensa local para cobrir o evento.
• Guarde com cuidado todos os objetos. Eles podem voltar a ser exibidos em outras ocasiões.

1. Despertar o gosto pela Ciência 
Envolver os pequenos no mundo da Ciência logo cedo e de forma prazerosa é o primeiro passo para organizar uma boa mostra
Para estimular o interesse pela disciplina, não é necessário ter um laboratório sofisticado. "Basta promover uma visita a um museu ou a um planetário para que o festival de perguntas sobre determinado tema não tenha mais fim. Esse já é um ótimo incentivo", sugere Domingues..
2. Ensinar as etapas do método científico 
Para que o evento leve realmente à produção de Ciência, a garotada precisa aprender a aplicar o método científico — à medida que o projeto se desenvolve. "É da necessidade de encontrar soluções para problemas da vida diária que nascem o conhecimento e as atrações de uma feira", explica Rosenilda Vilar, professora da EE Ministro Jarbas Passarinho e do Colégio Anglo Líder, ambos em Camaragibe, região metropolitana do Recife. 
3. Apontar o valor de registrar as descobertas 
"Não existe Ciência sem registro", ressalta Roseli Lopes, da USP. Por isso, é preciso colocar no papel as etapas realizadas — com a ajuda do professor de Língua Portuguesa. O texto não precisa ser acadêmico, com notas de rodapé. Mas deve ser claro e detalhado. 
O hábito de anotar o passo-a-passo foi incorporado pelas classes de Rosenilda. Um grupo da escola Ministro Jarbas Passarinho estudou como a globalização alterou o artesanato de Caruaru, no agreste pernambucano. Na cidade de mestre Vitalino (1909-1963), famoso por seus bonecos de argila pintados a mão, a equipe entrevistou o filho do artista. Os dados passados por ele e os pesquisados foram usados para comparar a versão artesanal e a industrial dos bonecos, compondo o registro.
4. Preparar a turma para a exposição do trabalho 
Nos dias da mostra, o conhecimento sistematizado durante a pesquisa deve ser apresentado aos visitantes por meio da fala e de cartazes, folhetos, maquetes e engenhocas. É importante não repetir oralmente informações escritas e procurar sempre interagir com as pessoas. "Principalmente os mais tímidos devem ser incentivados a falar em público", aconselha Elenice Lobo, coordenadora pedagógica do Santo Américo. 
5. Organizar a infra-estrutura
São necessários pelos menos quatro meses para organizar uma boa feira. "Esse período é suficiente para analisar as sugestões de temas apresentadas pela garotada, realizar pesquisas, visitar museus e universidades e montar o evento", afirma Maria Edite Costa Leite, coordenadora do Setor Educativo do Espaço Ciência, em Olinda.
O sucesso não depende de estrutura luxuosa. "Se a escola não tem dinheiro para alugar estandes, expõe os trabalhos nas carteiras", sugere. Há várias formas de planejar o espaço, sempre de acordo com a arquitetura do local. Uma opção é exibir tudo no pátio ou dividir as experiências nas salas e nos laboratórios. O tempo ideal é de dois a três dias. No final, todos podem votar nos melhores projetos e inscrevê-los nas feiras regionais e nacionais espalhadas pelo Brasil. O sucesso das invenções verde-amarelas tem sido uma constante lá fora nos últimos anos.

BIBLIOGRAFIA

Primeiros Passos na Construção do Saber Científico, Rosenilda Vilar, 74 págs., Ed. do Auto

Artes ( Pinacoteca de São Paulo).















































Artes





                                                                 










PROFESSOR(A) À VOCÊ... COMO NOS ENSINOU PAULO FREIRE, NÃO ESTAMOS EM NOSSO MUNDO PARA SIMPLESMENTE A ELE NOS ADAPTARMOS, MAS PARA, COM CERTEZA, TRANSFORMÁ-LO. E, PARA TANTO, ACREDITEMOS QUE É POSSÍVEL MUDÁ-LO COM UM CERTO SONHO OU PROJETO DE MUNDO.
ARTES

Por que e como lidar com imagens da arte na educação

Observar as imagens construídas por artistas pode ser um exercício que, além de gerar prazer, ajuda a construir um repertório estético privilegiado e desenvolve a observação e imaginação. À medida que as crianças começam a se interessar pela escrita, parece que perdem o interesse pelo texto imagético, aquele que era forte para as convocações de seu imaginário. Essa questão só será minimizada e até revertida se for regida por ações interferentes de um professor provocador, consciente de seu trabalho como regente da relação ensino-aprendizagem, só o professor conseguirá reverte esse caminho de diminuição do interesse pelas imagens, por meio de estímulos e provocações, no sentido de conseguir que os alunos entrem no mundo da escrita sem perder o interesse pelo texto da imagem, trazer para a sala de aula imagens de todo a natureza.
Principalmente a imagem produzida por artistas destacados pelos historiadores de arte, pois estas são construídas com um forte sentido estético e ético, a imagem pode ser oferecida aos olhares observadores das crianças sem se preocupar em contar histórias sobre elas, nesse contato imagem/olho que as observações, os interesses, os pensamentos e a imaginação poderão ser ativados pelos olhares dos alunos.

Por que levar as imagens da arte para a sala de aula?

Porque as crianças gostam de olhar imagens.
Elas reconhecem elementos da imagem que fazem parte do seu mundo e do mundo das artes e começam a perceber a forte significação da presença dos elementos da linguagem da arte: a linha que constrói o desenho, as cores que preenchem as formas e os espaços como elementos significantes.  As crianças pensam enquanto olham as imagens, as quais despertam sua curiosidade. O contato com as imagens instiga sua imaginação.

Como apresentar as imagens para as crianças?









É preciso cuidar para que as imagens ganhem visibilidade:
- emoldurando as imagens para chamar atenção sobre elas;
- colocando-as na parede na altura dos olhos das crianças;
- criando um momento coletivo de apresentar as imagens;
- dando importância ao momento de apresentar as imagens.
Como conduzir uma leitura de imagens?
Crianças de 3 a 6 anos, além de olhar, descobrir coisas conhecidas e desconhecidas, comentam, apontam, passam a mão, voltam muitas vezes para observar, comentam as observações, percebem os detalhes, enumeram as cores, criam histórias, etc.
Diante das observações, pode explorar as imagens com o grupo das mais diversas formas. A interferência do professor consiste em coletivizar as percepções das crianças, em levar o grupo a destacar no final da observação as questões principais que são focos na imagem, em provocar o aprofundamento das observações.

Roteiro a seguir
1- Na reprodução da pintura emoldurar com cartolina para dar mais visibilidade à imagem.
2- Pense em um moda instigante de apresentar a imagem às crianças.
3- Mostre a imagem, deixando as crianças falarem livremente sobre ela.
4- Se possível, grave essas observações ou anote-as para que você perceba como as crianças realizam a observação da pintura e quais são os elementos da imagem que mais  chamaram a atenção delas.
5- Instigue as crianças a perceberem o que está acontecendo na cena.
6- Estabeleça uma relação entre a cena da imagem e uma cena da realidade que elas possam ter conhecido.
7- Crie trabalhos de arte, dramatizações ou danças a partir de sugestões das observações que as crianças fizeram da reprodução da pintura.
8- deixe a imagem fixada durante mais tempo na parede da sala (na altura dos olhos das crianças) para que elas possam continuar observando livremente a imagem em outros momentos.
9- Anote as observações para que você perceba como a imagem e as crianças relacionaram-se e também para que possa retirar daí ideias para novos trabalhos com elas.

Não esqueça de conversar com elas ao final do trabalho sobre o processo vivido e sobre o resultados obtidos. Perceba se os objetivos propostos foram atingidos.


Texto retirado da revista Pátio Educação Infantil Nº 1 – 2003 – Anamélia Bueno Buoro é doutora em Comunicação e professora de Artes e Educação.