terça-feira, 28 de maio de 2013

Reportagens: Concepções de Infância e Aprendizagem


   
                                                              Reportagens
     
       
                                           
                                       




                 REPORTAGEM - CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E          
                  
                                                                APRENDIZAGEM
               
                       CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E APRENDIZAGEM

Como entendemos a interação das crianças?

Deixar que as crianças ocupem um determinado espaço é suficiente para que as interações e as aprendizagens ocorram?
  
As crianças estão tendo oportunidade de explorar o ambiente, de levantar hipóteses, de trocar informações e de construir conhecimentos?

Como garantir a espontaneidade das crianças e não confundi-la com práticas improvisadas, sem intencionalidade?

AMBIENTES
Os espaços utilizados pelas crianças são atraentes e contam com materiais que possibilitam à criança explorar o entorno, interagir com diferentes parceiros, dispor de momentos de privacidade?

O ambiente é confortável na nossa Unidade Educacional?

As situações que o professor oportuniza são desafiadoras?

Todas as crianças estão envolvidas na mesma atividade todo o tempo ou há momentos para atividades diversificadas?

São organizadas filas? Para quê? Por quê? Quanto tempo elas duram?

São consideradas momentos de organização dos grupos ou de restrição?

As crianças são estimuladas a comerem sozinhas? Elas podem se servir do alimento?

As crianças brincam com frequência? De quê? Com quais materiais elas brincam?

O pátio ou outro espaço externo é usado com frequência? Para que tipo de atividade?

 Planejar o currículo vivido na Educação Infantil 

Que se faz ouvindo as crianças (com seus saberes e motivos, aqui incluindo também os bebês que são “ouvidos” de modo próprio) e também os pais - envolve prever condições para a ocorrência de situações de exploração que ofereçam à criança condições para que ela se construa como sujeito que se emociona, pensa, imagina, fabrica coisas. Tais situações podem envolver momentos coletivos em que todas as crianças participem da mesma vivência, momentos de trabalho diversificado realizado por grupos que as elegem segundo seus motivos e condições pessoais, e também momentos em que a privacidade de cada criança seja garantida e ela possa apenas relaxar, ou imaginar, ou explorar o entorno. 
Nas interações criadas nesses momentos, as crianças põem à prova seus saberes ou significações e podem ampliá-los. No entanto, é preciso lembrar que agrupar as crianças em um mesmo espaço não garante a qualidade das interações infantis. Essas são mais prolongadas, interessantes, criativas e criadoras de novas formas de agir, quando o professor organiza as vivências propostas, os tempos, os espaços/ ambientes e disponibiliza materiais diversos. Todos esses elementos servirão como recursos para as crianças agirem e aprenderem.

A oferta de materiais variados e sempre acessíveis às crianças e a organização de ambientes de forma confortável e orientadora das ações infantis favorecem o desenvolvimento da autonomia nas suas escolhas e a participação delas em várias atividades em um mesmo dia.

A noção de “ambiente”, contudo, extrapola os muros do Escola. O espaço físico dessas unidades educacionais não se resume apenas a sua metragem, insolação, topografia, mas ele precisa tornar-se um ambiente, isto é, ambientar as crianças e os adultos procurando atender suas necessidades e exigências nos momentos programados ou imprevistos, individuais ou coletivos.
O ambiente, inclusive, pode estender- se à rua, ao bairro e à cidade. Constitui assim uma variável decisiva da proposta pedagógica e um elemento fundamental na realização do projeto pedagógico da unidade educacional,
devendo ser continuamente planejado e reorganizado por todos que nela atuam direta ou indiretamente.

A arquiteta brasileira Mayumi Sousa Lima, que trouxe importantes contribuições ao estudo dos ambientes escolares, apontou-nos que: “não existem espaços vazios de significados... O espaço físico isolado do ambiente só existe na cabeça dos adultos para medi-lo, para vendê-lo, para guardá-lo. Para a criança existe o espaço-alegria, o espaço-medo, o espaço-proteção, o espaço-mistério, o espaço-descoberta, enfim, os espaços de liberdade ou de opressão”.
(SOUSA LIMA, 1989, p.30)

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