quarta-feira, 29 de maio de 2013

Entrevistas: Disciplina se Ensina







                                               

                                                

                                                           


  Entrevista com Lino de Macedo


Disciplina se ensina!  Entrevista com Lino de Macedo

Revista Nova Escola – Edição junho 2006.


''Disciplina é um conteúdo como qualquer outro''
Para o psicólogo especializado em Piaget, o comportamento dos alunos em sala de aula é algo que precisa ser ensinado e varia de acordo com a

atividade.

    Ao longo da carreira, Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, se especializou no construtivismo do suíço Jean Piaget (1896-1980), na psicologia aplicada à educação e nos jogos infantis — ele coordena um laboratório de pesquisas e elaboração de atividades relacionadas às brincadeiras e voltadas para a escola. Um assunto que ocupa particularmente sua atenção são os estágios de desenvolvimento da criança e a importância de o professor conhecer o que acontece em cada fase do crescimento.
Com essa vivência, ele encara um dos temas que mais preocupam os educadores: a disciplina. Segundo o psicólogo, disciplina na escola não é questão de boa conduta nem de formação trazida de casa. "Disciplina se aprende e é do interesse de todo mundo, porque facilita a relação da gente com as coisas." O que o professor pode fazer para que a turma se comporte como deve? O exemplo é um dos caminhos. "Fala-se muito que as crianças de hoje não têm limites. Mas nós, adultos, também não temos." Macedo acaba de lançar uma nova coletânea de textos, Ensaios Pedagógicos, que tem como subtítulo a pergunta Como Construir uma Escola para Todos? Um dos capítulos trata especificamente de disciplina, tema discutido na entrevista a seguir, concedida a ESCOLA, em São Paulo.

É possível ensinar disciplina?
Sim. Disciplina é uma competência escolar que as crianças aprendem como qualquer conteúdo. Condição para realizar um trabalho com êxito, é uma matéria interdisciplinar, porque dela dependem todas as outras.

A disciplina vem de casa?
Para alguns educadores, sim. Quem considera a disciplina uma coisa que se tem ou não se tem possui uma visão moralizante — que transforma uma competência numa questão de valor. Para eles, a disciplina depende da força de vontade do aluno ou da determinação dos pais. Essa visão atribui culpa em caso de indisciplina. De fato, na escola exclusiva, anterior à atual, selecionavam-se os alunos e ficavam de fora aqueles que não se ajustavam ao comportamento desejado. Nesse caso, disciplina era mesmo um pré-requisito para a escola. Hoje, comportadas ou não, todas as crianças têm direito a estudar.

Qual o principal erro da escola em relação à disciplina?
 
É pensar que existe um único tipo de disciplina e que ela só pode ser imposta. Minha ideia é que disciplina é um trabalho de todos em sala de aula. Constrói-se a melhor forma de acordo com a necessidade. Numa aula tradicional, expositiva, enquanto o professor fala ou escreve no quadro-negro, os alunos devem ficar quietos, prestar atenção e copiar. Acontece que hoje temos muitas propostas pedagógicas. Cada cultura escolar e cada atividade em sala de aula têm uma disciplina adequada a seu desenvolvimento. Dependendo da situação, a melhor pode ser o silêncio, as crianças perguntando ou conversando entre si.

É possível ensinar disciplina pelo exemplo?

Sim. Um erro comum é achar que a falta de disciplina é sempre do outro. Fala-se muito que as crianças de hoje não têm limites. É verdade. Mas nós, adultos, também não temos. Em uma sociedade como a nossa, um dia se almoça de manhã, outro dia de tarde, outro dia enquanto se fala ao celular. Nós é que não temos rotinas para organizar a vida das crianças. Entendemos os motivos da nossa "indisciplina" porque sabemos que para muitas pessoas a regularidade se tornou impossível. Mas, se nós não somos disciplinados, por que esperamos um comportamento regular das crianças, como se fosse uma coisa natural, espontânea, quase herdada? Podemos conquistar o aluno para um projeto de disciplina conseguindo a admiração dele. Em sua origem, a palavra disciplina tem a ver com discípulo. Discípulo é uma pessoa que tem alguém como modelo e se entrega pelo valor que atribui a essa pessoa. Com o tempo, perdeu-se o elemento de referência que havia antigamente. Isso tem de ser novamente conquistado, pouco a pouco, pelos dois lados.

A disciplina que se aprende na escola serve para a vida toda?

A gente tem de pensar a disciplina ao mesmo tempo como fim e como meio. É um fim porque podemos desenvolver atitudes como concentração, responsabilidade, interesse. Essas coisas viram ferramentas pessoais e de trabalho. Disciplina é também um meio, um instrumento sem o qual as coisas não acontecem — ou acontecem fora do prazo ou dos padrões.

A disciplina ajuda a desenvolver a autonomia?

Disciplina é, cada vez mais, autodisciplina. Um exemplo é a lição de casa. Hoje em dia a maioria das famílias não tem um adulto com tempo disponível para fiscalizar o dever. A própria criança aprende a administrar essa tarefa e, se necessário, ela pede socorro. A autonomia é uma conquista, um aprendizado complexo e longo pelo qual as crianças desenvolvem a disciplina para dar conta de suas tarefas.

O que é ser uma pessoa disciplinada?

Ser disciplinado significa ter um comportamento subordinado a regras. Mas o que é regra? Algo que se constrói por consentimento. É como em um jogo. As regras são arbitrárias, mas a criança aceita porque gosta de jogar. Sem regra, não há jogo. Para definir regras, usamos o recurso da democracia. A classe toda discute, sob a condição de que todos aceitem o que a maioria decidir. O problema é que a minoria pode se recusar a cumprir. Deve-se combinar previamente que a não observação das regras implicará punições ou perdas. Um dos motivos que nos levam a aderir à disciplina são as consequências de não nos entregarmos a ela. Convencer é diferente de impor.

Todas as obrigações devem ser submetidas a discussão?

Não. Por exemplo: muitos pais perguntam aos filhos se eles querem comer. Eu não acho que seja uma boa pergunta. Porque, se o filho disser que não quer comer, como fica? A melhor pergunta é o que ele quer comer, dando opções. Dar autonomia não significa abrir mão do seu papel de líder e de responsável por certas coisas. Se você submeter tudo à opinião da maioria das crianças, a curto prazo elas vão decidir pelo pior. Primeiro, tenta-se convencer. O último recurso é impor. É errado tentar tratar como homogêneo algo desigual como a relação adulto e criança ou a relação professor e aluno.

As crianças conseguem entender a importância da disciplina?

Em 1930 Piaget escreveu um livro importante, O Julgamento Moral da Criança, e mostrou que mesmo as bem pequenas já têm valores como o gosto pelas regras, pela disciplina, pelo fazer bem-feito e por se entregar a uma tarefa coletiva. Só que o adulto não percebe. Piaget provou que é possível ver isso usando o exemplo das brincadeiras. A própria garotada se auto-regula e se submete a regras coletivas. Piaget analisou como o respeito entre iguais promove o desenvolvimento da criança. Muitos pais e professores sabem compartilhar com ela a necessidade de uma regra de forma que a criança até reclama, mas aceita, entendendo que é o melhor.

Como ensinar a disciplina na pré-escola?

Para alunos da Educação Infantil, digamos de 2 a 6 anos, a brincadeira, a fantasia, as histórias são ótimas estratégias. A argumentação científica não funciona com os pequenos. O recurso lúdico soa sincero para a criança, porque é uma espécie de dramatização do assunto, uma elaboração simbólica da questão. Nessa idade, outro recurso possível é simplesmente, com habilidade, dar uma ordem e pedir que ela seja cumprida. Nesse caso, é preciso deixar claro para a criança que há uma diferença entre ela e o adulto. Ela sabe disso e até se sente aliviada.

Como ensinar a disciplina no Ensino Fundamental?

A idade dos 7 aos 11 anos é interessante para trabalhar disciplina como uma boa regra ou uma regra sem a qual certas coisas não se desenvolvem bem. O convencimento se dá de forma empírica, com exemplos, discussão, não mais como faz-de-conta. Uma coisa é o imaginário, outra é a própria negociação da regra. O problema do convencimento no seu sentido adulto é que ele supõe um pensamento hipotético-dedutivo ("se você não fizer isso, acontece aquilo"). Mas crianças com menos de 12 anos não entendem esse pensamento. É preciso trabalhar com elas a própria construção das regras mais adequadas para uma determinada tarefa que se espera que realizem.

A disciplina e a ordem podem prejudicar a criatividade?

Rigidez é uma coisa, rigor é outra. Os artistas, que trabalham com criação, costumam ser super-rigorosos. Já rigidez é acreditar que uma coisa só pode ser feita de um jeito, definido arbitrariamente. A disciplina está do lado da criação, mas não é uma só. Alguns trabalham de dia, outros à noite; alguns de um modo, outros de outro. A maior parte dos artistas tem de cumprir prazos, se impõe tarefas. Se não houver disciplina, você pára no meio, esquece. Acontece que muitas vezes nós, adultos, usamos o discurso do rigor para defender nossa rigidez ou nossa incapacidade de lidar com as situações.
"O que é regra? Algo que se constrói por consentimento. É como em um jogo. As regras são arbitrárias, mas a criança aceita porque gosta de jogar
"





     

terça-feira, 28 de maio de 2013

Reportagem: Maltrato Infantil




           

                                          


                                 Reportagem Maltrato Infantil:

 

 Introdução


É considerado maltrato infanto-juvenil doméstico aquele que acontece dentro de casa, tendo como vítimas crianças e adolescentes e é geralmente cometido pelo responsável que deveria cuidá-los. Inclui basicamente quatro tipos de situações: o dano físico, o dano psíquico ou emocional, a negligência e/ou o abandono e o abuso sexual.

Maltrato físico


         É o tipo de violência mais evidente e fácil de detectar. Trata-se de lesões provocadas por qualquer motivo, incluindo as reações a condutas indesejadas pelos pais ou responsáveis pela criança. Podem confundir-se com lesões acidentais, porém o olho treinado de um pediatra ou docente saberá distingui-las.

É interessante destacar que é uma das formas de maltrato infantil mais difícil de diagnosticar. Geralmente, detecta-se quando associado a outros quadros severos de maltrato e ainda que confirmada a suspeita, a intervenção dos profissionais e/ou do sistema legal ocorre de forma mais cautelosa.
É a consequência da hostilidade verbal crônica em forma de burla, desprezo, crítica ou ameaça de abandono e constante bloqueio das iniciativas de interação infantil. Quem maltrata psiquicamente pode adotar atitudes tais como de humilhar a criança frente aos outros, privá-la de saídas e de sua integração social, utilizando para isto desde apenas evitar a socialização como até encerrar a criança em casa.
Pode-se ilustrar este tipo de maltrato dizendo que os filhos podem ser atingidos com atitudes, gestos e palavras, ou simplesmente rechaçando a individualidade da criança ou do adolescente de maneira tal, que impeça o seu desenvolvimento psicológico normal.
Os efeitos do maltrato emocional são observados:
· no vínculo afetivo entre a criança e o adulto;
· nos baixos níveis de adaptação e funcionamento social: dificuldade para estabelecer vínculos amistosos, problemas com os pares, problemas com a comunidade;
· nos problemas de conduta: agressividade, condutas destrutivas, condutas antissociais;

· nos transtornos na área cognitiva e na solução de situações problemáticas;
· nos fracassos escolares;
· na tristeza e depressão: baixa auto-estima, instabilidade emocional, tendências suicidas e;
· nos temores e sintomas físicos (mais frequentes nas crianças pequenas): síndrome de falta de progresso, perda do apetite.

Fala-se de negligência quando o adulto permanece junto ao filho, privando-lhe parcialmente e em grau variável de atenção adequada e necessária. Esta desatenção pode provocar quadros de desnutrição de segundo e terceiro graus (sem que haja a princípio nenhum fator orgânico determinante), descuido frente a situações perigosas e acidentes frequentes, imunizações incompletas, deserções escolares, desconhecimento de atividades extrafamiliares, desinteresse, etc.

É uma das formas mais graves de maltrato infantil, consiste na utilização de um menor para satisfação dos desejos sexuais de um adulto, encarregado dos cuidados da criança ou alguém no qual este confie. Qualquer tipo de aproximação sexual inadequada que aconteça entre menores de diferentes etapas evolutivas e/ou o uso de algum tipo de coerção (física ou emocional), também se considera abuso sexual.

O abuso sexual reiterado não distingue classe social, nem nível sociocultural, constitui um dos traumas psíquicos mais intensos e tem consequências sumamente destrutivas na personalidade da vítima.
Os indicadores específicos de abuso sexual infantil são:

Físicos

· Lesões nas zonas genital e/ou anal
· Sangramento pela vagina e/ou pelo ânus
· Infecções do trato genital
· Gravidez
· Qualquer um dos indicadores anteriores junto com hematomas ou escoriações no resto do corpo, como consequência do maltrato físico associado.

Maltrato Infantil





     REPORTAGEM - MALTRATO INFANTIL AS FACES DA   VIOLENCIA
MALTRATO INFANTIL AS FACES DA VIOLENCIA

Introdução

É considerado maltrato infanto-juvenil doméstico aquele que acontece dentro de casa, tendo como vítimas crianças e adolescentes e é geralmente cometido pelo responsável que deveria cuidá-los. Inclui basicamente quatro tipos de situações: o dano físico, o dano psíquico ou emocional, a negligência e/ou o abandono e o abuso sexual.
Cada uma tem formas específicas de manifestação, mas o que é comum a todas elas são os transtornos graves e crônicos no funcionamento familiar, que se transmitem de uma geração para a outra: 20 a 30% das crianças maltratadas convertem-se em adultos violentos.
Até a alguns anos atrás, pensava-se que o maltrato infantil era consequência de transtornos psicológicos individuais, alcoolismo, toxicomania, ou de carências financeiras ou educativas.
As investigações atuais demonstram que, na realidade, é o produto de uma conjunção de fatores relacionados ao modelo familiar e social que valida a violência como procedimento aceitável para a solução de conflitos.
Podem adotar distintas formas, algumas mais fáceis de serem detectadas do que outras, mas todas denunciam um latente problema de saúde, que demanda abordagens multidisciplinares e soluções oportunas para cortar o ciclo da dor e resgatar a vítima de sequelas importantíssimas, que a condicionará ao longo de sua vida.
Em realidade, geralmente diferentes formas de violência ocorrem simultaneamente, mas de modo descritivo elas consistem em:

É o tipo de violência mais evidente e fácil de detectar. Trata-se de lesões provocadas por qualquer motivo, incluindo as reações a condutas indesejadas pelos pais ou responsáveis pela criança. Podem confundir-se com lesões acidentais, porém o olho treinado de um pediatra ou docente saberá distingui-las.
Existem diferentes tipos: escoriações, hematomas, luxações, fraturas, queimaduras, feridas por objetos cortantes, desgarros, lesões vísceras. As lesões podem ser provocadas por impacto, penetração, calor, uso de substâncias causticas, substâncias químicas ou drogas.
Em geral, quando o adulto leva a criança a uma consulta médica, existem vários fatores que levam a suspeitar que certas lesões não sejam acidentais. O pediatra suspeitará quando:
a)     Existem discrepâncias entre o relato do acontecimento e as lesões que se observam. Por exemplo: lesões em ambos os lados do corpo ou com diferentes graus de evolução, com a alegação que foi ocasionada por uma queda de bicicleta. A lógica indica que neste tipo de acidente observam-se lesões no setor sobre o qual caiu o paciente, fundamentalmente nas zonas expostas e nas proeminências ósseas.
b)    .O tempo transcorrido entre o suposto acidente e a consulta é prolongado, ocorrendo várias horas, dias ou semanas mais tarde.
c)     A consulta é realizada durante a noite ou madrugada. Os responsáveis pelo mau trato sabem que o pessoal de plantão está cansado, menos alerta e menos disposto a aprofundar o interrogatório.
d)    Existem outros "acidentes" (fraturas, lesões), atendidos anteriormente em diferentes centros assistenciais.
e)     Ainda que o relato e a atitude dos pais durante a consulta possam ser de aparente preocupação e de extensiva colaboração com a equipe médica, percebe-se uma chamativa ausência de angústia quanto à gravidade das lesões. Isto não ocorre habitualmente com os pais de crianças acidentadas.

É interessante destacar que é uma das formas de maltrato infantil mais difícil de diagnosticar. Geralmente, detecta-se quando associado a outros quadros severos de maltrato e ainda que confirmada a suspeita, a intervenção dos profissionais e/ou do sistema legal ocorre de forma mais cautelosa.
É a consequência da hostilidade verbal crônica em forma de burla, desprezo, crítica ou ameaça de abandono e constante bloqueio das iniciativas de interação infantil. Quem maltrata psiquicamente pode adotar atitudes tais como de humilhar a criança frente aos outros, privá-la de saídas e de sua integração social, utilizando para isto desde apenas evitar a socialização como até encerrar a criança em casa.
Pode-se ilustrar este tipo de maltrato dizendo que os filhos podem ser atingidos com atitudes, gestos e palavras, ou simplesmente rechaçando a individualidade da criança ou do adolescente de maneira tal, que impeça o seu desenvolvimento psicológico normal.
Os efeitos do maltrato emocional são observados:
· no vínculo afetivo entre a criança e o adulto;
· nos baixos níveis de adaptação e funcionamento social: dificuldade para estabelecer vínculos amistosos, problemas com os pares, problemas com a comunidade;
· nos problemas de conduta: agressividade, condutas destrutivas, condutas antissociais;

· nos transtornos na área cognitiva e na solução de situações problemáticas;
· nos fracassos escolares;
· na tristeza e depressão: baixa autoestima, instabilidade emocional, tendências suicidas e;
· nos temores e sintomas físicos (mais frequentes nas crianças pequenas): síndrome de falta de progresso, perda do apetite, enurese.

Fala-se de negligência quando o adulto permanece junto ao filho, privando-lhe parcialmente e em grau variável de atenção adequada e necessária. Esta desatenção pode provocar quadros de desnutrição de segundo e terceiro graus (sem que haja a princípio nenhum fator orgânico determinante), descuido frente a situações perigosas e acidentes frequentes, imunizações incompletas, deserções escolares, desconhecimento de atividades extrafamiliares, desinteresse, etc.

É uma das formas mais graves de maltrato infantil, consiste na utilização de um menor para satisfação dos desejos sexuais de um adulto, encarregado dos cuidados da criança ou alguém no qual este confie. Qualquer tipo de aproximação sexual inadequada que aconteça entre menores de diferentes etapas evolutivas e/ou o uso de algum tipo de coerção (física ou emocional), também se considera abuso sexual.

O abuso sexual reiterado não distingue classe social, nem nível sociocultural, constitui um dos traumas psíquicos mais intensos e tem consequências sumamente destrutivas na personalidade da vítima.
Os indicadores específicos de abuso sexual infantil são:

Físicos

· Lesões nas zonas genital e/ou anal
· Sangramento pela vagina e/ou pelo ânus
· Infecções do trato genital
· Gravidez
· Qualquer um dos indicadores anteriores junto com hematomas ou escoriações no resto do corpo, como consequência do maltrato físico associado.

· Relato da vítima
Em crianças em idade pré-escolar também podem ser indicadores: condutas hipersexualizadas e/ou auto eróticas; transtornos do sono (pesadelos, terrores noturnos); condutas regressivas; enurese; retração social; temores inexplicáveis ante pessoas ou situações determinadas.
Também podem ocorrer mudanças bruscas no rendimento escolar; problemas com figuras de autoridade; mentiras; fugas de casa; fobias; excessiva submissão frente ao adulto; coerção sexual dirigida a outras crianças; queixas somáticas (dores de cabeça e abdominais); delinquência.
Nos adolescentes alguns indicadores de abuso sexual são: prostituição; coerção sexual dirigida à crianças; promiscuidade sexual; uso de drogas; condutas auto agressivas; delinquência; excessiva inibição sexual; anorexia e bulimia.
Nos adultos podem-se observar transtornos psiquiátricos; disfunções sexuais; transtornos alimentares.

Os maus tratos na infância deixam sequelas no desenvolvimento emocional das vítimas e se tornam praticamente irreversíveis quando o maltrato for crônico. Entre os antecedentes de jovens e adultos com transtornos graves de personalidade (neuróticos), encontra-se sempre alguma forma de maltrato na infância e na adolescência.

Segundo especialistas, nos casos de maltrato físico, emocional e negligência, a reabilitação familiar é possível em 70 ou 75%, sempre que se cumpram os tratamentos indicados. Nos casos de abuso sexual a possibilidade de reabilitação é variável, porque com frequência se torna impossível restabelecer a convivência.
É muito importante, quando se suspeita ou se confirma o maltrato infantil, avaliar o grau de risco familiar antes que a criança volte para casa. Isto requer tempo e a intervenção de uma equipe interdisciplinar especializada composta de médicos, psicólogos, assistentes sociais e advogados.
Por outro lado, o assessoramento e a intervenção planificada a nível governamental e comunitário são fundamentais para evitar que as vítimas fiquem expostas a uma situação de risco pior que o motivo da consulta.


Fonte pesquisa:pedagogarafisa.blogspot.com

Reportagens: Concepções de Infância e Aprendizagem


   
                                                              Reportagens
     
       
                                           
                                       




                 REPORTAGEM - CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E          
                  
                                                                APRENDIZAGEM
               
                       CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E APRENDIZAGEM

Como entendemos a interação das crianças?

Deixar que as crianças ocupem um determinado espaço é suficiente para que as interações e as aprendizagens ocorram?
  
As crianças estão tendo oportunidade de explorar o ambiente, de levantar hipóteses, de trocar informações e de construir conhecimentos?

Como garantir a espontaneidade das crianças e não confundi-la com práticas improvisadas, sem intencionalidade?

AMBIENTES
Os espaços utilizados pelas crianças são atraentes e contam com materiais que possibilitam à criança explorar o entorno, interagir com diferentes parceiros, dispor de momentos de privacidade?

O ambiente é confortável na nossa Unidade Educacional?

As situações que o professor oportuniza são desafiadoras?

Todas as crianças estão envolvidas na mesma atividade todo o tempo ou há momentos para atividades diversificadas?

São organizadas filas? Para quê? Por quê? Quanto tempo elas duram?

São consideradas momentos de organização dos grupos ou de restrição?

As crianças são estimuladas a comerem sozinhas? Elas podem se servir do alimento?

As crianças brincam com frequência? De quê? Com quais materiais elas brincam?

O pátio ou outro espaço externo é usado com frequência? Para que tipo de atividade?

 Planejar o currículo vivido na Educação Infantil 

Que se faz ouvindo as crianças (com seus saberes e motivos, aqui incluindo também os bebês que são “ouvidos” de modo próprio) e também os pais - envolve prever condições para a ocorrência de situações de exploração que ofereçam à criança condições para que ela se construa como sujeito que se emociona, pensa, imagina, fabrica coisas. Tais situações podem envolver momentos coletivos em que todas as crianças participem da mesma vivência, momentos de trabalho diversificado realizado por grupos que as elegem segundo seus motivos e condições pessoais, e também momentos em que a privacidade de cada criança seja garantida e ela possa apenas relaxar, ou imaginar, ou explorar o entorno. 
Nas interações criadas nesses momentos, as crianças põem à prova seus saberes ou significações e podem ampliá-los. No entanto, é preciso lembrar que agrupar as crianças em um mesmo espaço não garante a qualidade das interações infantis. Essas são mais prolongadas, interessantes, criativas e criadoras de novas formas de agir, quando o professor organiza as vivências propostas, os tempos, os espaços/ ambientes e disponibiliza materiais diversos. Todos esses elementos servirão como recursos para as crianças agirem e aprenderem.

A oferta de materiais variados e sempre acessíveis às crianças e a organização de ambientes de forma confortável e orientadora das ações infantis favorecem o desenvolvimento da autonomia nas suas escolhas e a participação delas em várias atividades em um mesmo dia.

A noção de “ambiente”, contudo, extrapola os muros do Escola. O espaço físico dessas unidades educacionais não se resume apenas a sua metragem, insolação, topografia, mas ele precisa tornar-se um ambiente, isto é, ambientar as crianças e os adultos procurando atender suas necessidades e exigências nos momentos programados ou imprevistos, individuais ou coletivos.
O ambiente, inclusive, pode estender- se à rua, ao bairro e à cidade. Constitui assim uma variável decisiva da proposta pedagógica e um elemento fundamental na realização do projeto pedagógico da unidade educacional,
devendo ser continuamente planejado e reorganizado por todos que nela atuam direta ou indiretamente.

A arquiteta brasileira Mayumi Sousa Lima, que trouxe importantes contribuições ao estudo dos ambientes escolares, apontou-nos que: “não existem espaços vazios de significados... O espaço físico isolado do ambiente só existe na cabeça dos adultos para medi-lo, para vendê-lo, para guardá-lo. Para a criança existe o espaço-alegria, o espaço-medo, o espaço-proteção, o espaço-mistério, o espaço-descoberta, enfim, os espaços de liberdade ou de opressão”.
(SOUSA LIMA, 1989, p.30)

Reportagens.

Aula-tema 02: Criação e Planejamento de projetos de sucesso.




       Aula –Tema 02: Criação e Planejamento de projetos de sucesso.


   Passo 1.

  O que é um blog?
Blog é um site cuja estrutura permite a atualização rápida, é umas das ferramentas de comunicação mais populares da internet, onde pode postar sugestões, pesquisas, mensagens e também se tornou um meio de trabalho.

Quais são as características desse tipo de mídia?
. Esse tipo de mídia é um veículo de publicação digital, associada à ideia de diários virtuais, nos quais um ou mais responsáveis pelo blog publicarem textos, geralmente sobre um assunto específico, frequentemente, existem vários tipos de blogs.
O termo blog uma versão reduzida da palavra “weblog” vem de world wide web (rede de alcance mundial). Que significa a parte gráfica da internet, um espaço onde circulam as informações hipertextuais distribuídas em rede através do protocolo http.²

O que torna um blog mais interessante e visitado?
.
 O que o torna mais importante e interessante e visitado, seria a participação, criatividade, assuntos interessante e que sirva de bagagem para o indivíduo, um bom tema que incentive a sociedade e que  seja ser bem divulgado

Passo 2.

. links de blogs que selecionei, relacionados com a educação, estou compartilhando.
Eu e minha profissão.
Formação de Professores e Tecnologia: sim ou não?

Passo 3
1.    Para que serve um blog?
Um blog serve como fonte de informação sobre determinado assunto, para comunicação pela facilidade de postagem de atualizações, seja em grupo ou individualmente.

      2 .Como um blog pode auxiliar no processo educativo tanto de professores, alunos como também da comunidade educativa?

 Poderia ser como uma contribuição do ensino, pois pode ser utilizado para incentivar o aluno a criar um conteúdo, buscando informações e interagindo com os demais do grupo.
O professor pode estimular a busca pela informação de um determinado assunto, em seguida comentar os tópicos mais relevantes.
A comunidade educativa pode ter acesso ao blog e postar assuntos pertinentes que ajudem no auxílio para se obter mais conhecimento.

3.    Ao elaborar um blog, alguns aspectos importantes devem ser considerados.

 Elaborem uma lista apresentando esses aspectos.
      Aspecto importante para se elaborar um blog:
      Conteúdo, divulgação, público a ser atingido, conhecimento em relação ao                   assunto, pesquisa, criatividade e organização.

4.    Um blog pode ser produto realizado coletivamente? Como trabalhar dentro do seu grupo de dez pessoas de modo a compor um blog em conjunto?
Sim, com certeza.
 Penso que sim, porque pode  servir de apoio e contribui com as informações relevantes ao assunto, pesquisar, buscar conhecimento para poder postar e desenvolver um bom trabalho por meio desse recurso tecnológico.
  

5.    Como se constrói um blog? Qual a melhor forma de descobrir como criar um blog?
Pra se construir um blog, segundo as informações, existem vários tipos de ferramentas disponíveis na web, que nos fornece um blog, entre elas a mais famosa Blogger.com atualmente do Google, UOL blog, wordpress.com.

Porque a pesquisa é fundamental para qualquer tipo de trabalho.

Os trabalhos estão sendo pesquisados por: Fabiana Carla , Luciária Lima e Liliam.