quinta-feira, 30 de maio de 2013

Pesquisa e elaboração de conteúdos para tópicos "Reportagens"




O que é música?


A música está intimamente ligada às tradições e à cultura das sociedades na história. Compreender esta linguagem é chave para construir a sensibilidade
No dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o termo música é definido como a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras que variam conforme a época e a civilização. No âmbito da Educação Musical, contudo, a música deve ser entendida como linguagem artística, imprescindível para a formação humana dos alunos. As composições, interpretações e improvisações que comumente chamamos de "músicas" são, na verdade, produtos desta linguagem. Aprender música na escola significa, portanto, aprender a se expressar por meio dos sons e desenvolver habilidades como o canto, a execução instrumental, a audição e a improvisação sonora. O desafio, agora, é considerar toda essa diversidade da produção musical brasileira e mundial (que está em discos, filmes, na internet, nas canções, ou no som puro da voz e dos instrumentos) e leva-la para a sala de aula de maneira planejada. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte, para que a aprendizagem de música faça sentido na formação cultural e cidadã dos alunos desde as séries iniciais, é necessário que todos tenham oportunidades para participar ativamente como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores de sequências rítmicas, dentro e fora da sala de aula. Diz o documento: "A escola pode contribuir para que os alunos se tornem ouvintes sensíveis, amadores talentosos ou músicos profissionais. (...) Ela pode proporcionar condições para uma apreciação rica e ampla, onde o aluno aprenda a valorizar os momentos importantes em que a música se inscreve no tempo e na história". A música já é um conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica, ministrado por professores especialistas ou unidocentes. É o que determina a Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, que acaba de entrar em vigor. Cabe aos educadores organizar as aprendizagens fundamentais da linguagem musical para que os alunos construam conhecimento crítico e sensível, para além da vivência de jogos musicais e das aprendizagens da escrita musical - que, evidentemente, integram um bom planejamento do ensino de música até o final do Ensino Fundamental.
É importante que as crianças entendam a música como uma modalidade artística de expressão das sociedades em diferentes épocas e lugares O contato com a música é imprescindível desde os primeiros anos da Educação Infantil. A partir do 1º ano do Ensino Fundamental, no entanto, é possível propor que as crianças comecem a compreender a música enquanto linguagem dotada de sentido, uma forma de expressão dos povos em diferentes épocas e lugares. Por isso, no trabalho com as séries iniciais é fundamental que se apresentem obras de diversos artistas e gêneros, produzidas em períodos distintos da história - desde a música barroca, por exemplo, até as canções do nosso folclore regional, parlendas e cantigas de roda. A formação do repertório (que influi diretamente na construção do gosto da criança) passa pela audição de músicas dos mais diferentes tipos, pela experimentação de apresentações musicais e artísticas de comunidades e pela apreciação da produção musical de diferentes regiões do país, consideradas em sua diversidade. Nas séries iniciais, as crianças precisam se familiarizar com diferentes ritmos e estilos e compreender a importância da música para as civilizações. Por isso, você deve colocar a turma em contato com diferentes fontes de registro e preservação da produção sonora, como as partituras e os discos, por exemplo. É essencial que as crianças conheçam os recursos disponíveis para ter acesso e divulgar a música em diferentes espaços. Outro ponto importante é propor situações para que, até o final do 2º ano, os alunos possam reconhecer a forma, o som e algumas características comuns aos diferentes instrumentos. Abra espaço nas aulas para que as crianças tragam as músicas e os instrumentos que conhecem. Uma boa atividade é montar um painel na sala com as imagens dos instrumentos, agrupados pelas famílias - cordas (violino, viola, violoncelo, contrabaixo), madeiras (flautas, oboés, fagotes), metais (saxofone, trompete, trompa, trombone) e percussão (chocalhos, tambores, triângulos, xilofones) - ou pelo som - instrumentos de som grave e de som agudo, por exemplo. Usar instrumentos de verdade nas aulas também é muito importante. Mesmo que você não saiba tocá-los, você pode convidar um músico para ir à escola fazer uma demonstração. Outra alternativa é usar discos que mostrem o som dos instrumentos. Vale lembrar: as aulas de música, mesmo quando ministradas pelo professor unidocente, não devem ser pautadas apenas pelas canções de comando, como "meu lanchinho, meu lanchinho...", ou pelas datas comemorativas. É preciso que as criançascompreendam a importância da linguagem musical para a expressão humana.

Introdução à música na escola

Entre as linguagens artísticas, a música é uma das mais acessíveis e presentes no cotidiano dos alunos. A escola, no entanto, tem um papel muito importante no contato da criança com esse tipo de manifestação cultural. A ela, cabe garantir que se tome consciência dos elementos que fazem parte da linguagem musical (o som e o silêncio, os diferentes timbres dos instrumentos, a noção de ritmo, etc): conteúdos de uma iniciação à música.
A esse aspecto, a especialista em ensino de Arte Isabel Graciano relaciona outros. "Fazer música em grupo é uma vivência à qual muitas crianças só têm acesso no ambiente escolar", diz ela. "Além disso, é função do professor ampliar o repertório de ritmos e estilos musicais dos alunos." 



Fonte
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/musica-1o-2o-anos-640283.shtml?page=8.4
http://www.youtube.com/watch?v=VmM4sDAEkE4 




Como transformar o Brasil em um país de leitores?


Não é por que o livro é caro, nem por que faltam bibliotecas: os brasileiros que não leem alegam desinteresse e falta de tempo. Essa é uma das conclusões do seminário "Por um país de leitores: mobiliza, Brasil". Realizado em abril no SESC Vila Mariana pela Fundação Itaú Social em parceria com o Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), o seminário deixou claro que a formação de leitores é o grande obstáculo que nos separa de uma nação leitora.

Apesar de acreditar-se que a leitura é um hábito importante para a formação do indivíduo, são poucos os brasileiros que efetivamente leem. O diretor regional do SESCSP, Danilo Miranda, resumiu o desafio: "para incentivar a leitura, é preciso que livros sejam incorporados aos nossos interesses, é preciso incentivar não só crianças e jovens, mas também adultos para que leiam".

O problema do acesso ao livro foi praticamente superado com o esforço do poder público em instalar bibliotecas. De acordo com o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), 99% das cidades possuem ao menos uma biblioteca.

Dados da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", também apresentada no evento,  mostram que apesar de 67% dos entrevistados saberem da existência de uma biblioteca pública em sua cidade, apenas 24% deles dizem frequentá-las e só 12% usam seu espaço para ler. "Se temos a ideia de que a biblioteca é um lugar chato, também pensaremos que o livro é chato", refletiu Jéferson Assunção, secretário adjunto da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul.

O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) é a principal ação do governo federal para transformar o Brasil em um país de leitores. Entre suas metas estão: zerar o déficit de bibliotecas públicas, informatizar equipamentos, oferecer cursos de formação para mediadores de leitura, realizar feiras e eventos literários, entre outros.

"Definitivamente, o poder público não tem a leitura como um bem", diz a diretora do programa Livro, Leitura e Literatura, da Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério da Cultura (MinC), Maria Antonieta Cunha. Ela atentou para a falta de vontade política das instâncias públicas no assunto: "O discurso existe, é politicamente correto, mas não se realiza como prática".

Como cativar leitores?
Na complexa tarefa de conquistar adeptos ao hábito da leitura, diversas necessidades apareceram na discussão. Confira algumas:


1. Incentivo e exemplo da família
Os resultados da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil" mostraram que o professor ultrapassou a figura da mãe como ator que mais influencia os leitores a lerem. Os pais estão em terceiro lugar. Além disso, 93% leem em casa, por isso, o bom exemplo dos pais diante dos filhos é importante. 


A diretora-presidente do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), Maria Alice Setubal, contou que seu interesse pela leitura começou com sua mãe. "Tive o privilégio de ter uma mãe que era uma grande leitora, lembro de ela ler os livros de Monteiro Lobato... Eu e meus imrãos também ficávamos fascinados com as histórias que minha mãe contava sobre os livros que ela lia", revelou. 



"Quem é inoculado com o hábito de ler para seu filho sente-se extremamente gratificado", emendou o vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antonio Matias. "É um momento que pode ser transformador na vida das pessoas, uma experiência muito prazerosa e extremamente importante", conclui. 



A relação afetiva e de exemplo também é muito importante. A pesquisa também confirmou o que já sabíamos: quem viu mais a mãe lendo lê mais. Quem ganhou livros quando criança lê mais. 


2. Alfabetização na idade correta
Leitura e alfabetização estão intimamente ligadas. "Não conseguimos alfabetizar as crianças na idade correta", lamentou Maria Alice Setubal, diretora-presidente do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), "ainda não cumprimos essa tarefa básica e dela depende o desenvolvimento da paixão pela leitura." 


A criança que lê desde cedo possui uma condição de alfabetização e aprendizagem superior. A falta do hábito de leitura está entre as causas da dificuldade de aprendizagem, o que pode levar, no futuro, à evasão no Ensino Médio, um dos grandes problemas da Educação brasileira. Além disso, como cativar leitores se eles não compreendem direito o que leem? "É impossível imaginar o desenvolvimento de um cidadão se ele não puder aprender sempre", reforçou Antonio Matias, vice-presidente da Fundação Itaú Social.


3. Qualificação de bibliotecas e bibliotecários
33% dos 164,8 milhões de brasileiros que não frequentam bibliotecas responderam que nada os faria passar a frequentá-las. Adriana Ferrari, da secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, acredita que a biblioteca precisa oferecer atividades diferentes e preparar sua equipe para estimular a leitura. "Há o mito de que a biblioteca é um espaço modorrento, mas quantas de fato são organismos vivos dentro das suas comunidades?", provocou. 


O seminário trouxe o exemplo da elogiadíssima Biblioteca Pública do Acre, reinaugurada em 2008. Por seu ambiente agradável e interativo, tem conseguido atrair grande número crescente de visitantes acreanos.


4. Projetos de incentivo à leitura
Quando a família e a escola não cumprem o papel de formar leitores, os projetos privados ou públicos ganham destaque na tarefa de conquistar adeptos para a leitura. 


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